8/31/2007

Pipa Lee

Hoje eu acordei assim, meio Rita Lee. Uma ovelha-negra-cor-de-rosa-choque. Irreverente, apertei o botão do “dane-se” (pra não ter que dizer de outra forma) e quis cantar Rock n’ Rool, até tatuagens e cabelo vermelho eu quis ter.
Aí descobri que a cada dia eu sei menos sobre mim, e se eu disser que sei, estarei mentindo. Achei essa descoberta fantástica. Me senti Luz del Fuego, arrebentando os Pagus na boca do povo.
E quer saber? Dane-se, “como Luz del Fuego não tinha medo, ela também foi pro céu!”

Depois fiquei com preguiça de pensar essas coisas e desejei estar “no escurinho do cinema, chupando um drops de anís. Longe de qualquer problema, perto de um final feliz.” Daquele jeito, levando uma vida sossegada...

A Zélia que me desculpe, mas acho que não tem melhor mutante do que eu (e a Rita, claro).

8/30/2007

Os brincos de Helena

Helena fazia o tempo parar.
Era como imagem que permanecia
Imóvel,
Intacta.

Era livre,
bela,
plena.
Sempre doce
a pequena Helena.

Helena não forçava.
Era o que era.
Sempre mais Helena.
Sempre muito bela.

Seu olhar como um brinde entregava
sempre que o sorriso
no rosto estampava.
E este era um brinde também,
Coisas que só Helena
sabe que tem.

Canção de liberdade
Helena cantava,
Às vezes chorava.
Liberdade!
Helena gritava.

Helena sabia ser livre,
por tanto querer voar.
Tinha o coração tristinho,
doente de tanto amar.

Era frágil, forte
bela e plena.
Sempre doce
a pequena Helena.

As vezes Helena sabia de tudo.
Outras vezes sabia do nada
sem saber que tudo e nada
quase sempre
é a mesma coisa.

Menina Helena passava levemente
no horizonte sem fim.
Com tatuagens e Brincos
a doce Helena,
sempre pequena,
sorria pra mim.

Como Helena falou:
"Esse é um bom motivo pra voltar a chover no Rimas e Trovões"
Pra você, Helena,
com abraço apertado e beijo estalado na testa.



8/20/2007

Previsão do tempo


Tampei a goteira e o tempo abriu.
Sem chuva e sem trovões por enquanto.
Não se sabe quando voltará a chover nesta região.
Abraço apertado e até a proxima gota de chuva.


8/11/2007

Quando se...

Quando a noite se calar
e com ela todas as estrelas;
quando a lua não tiver mais graça
e as nuvens não forem mais de algodão.

Quando no silêncio da noite meu corpo tremer
e o frio não me agasalhar;
E se o sol não bater em minha janela,
se nenhum pássaro me der bom dia;

Se o telefone não tocar,
se a notícia não chegar,
se a água não ferver,
se o bolo não crescer,
se o sorvete não for de chocolate.

Quando meu grito estiver sem folego
e meu folego estiver sem ar,
quando o tempo não passar.

Quando começar a chover,
se não me satisfazer,
se começar a chorar.

Quando não tiver motivo,
quando motivo tiver;
se quiser ir embora
e querer um abraço.

Quando for tarde demais
ou cedo demais;
se estiver com medo,
se estiver com fome
e se não quiser nada.

Quando estiver difícil
e se estiver fácil,
quando simplesmete não estiver.

Qunado a noite voltar a falar
e com ela todas as estrelas,
ainda sim
te amarei.