4/26/2009

Onde eu moro


Têm alguns poucos anos que eu moro onde eu moro. Montamos, eu e meus pais, um aconchego
básico. A cozinha foi o primeiro lugar da casa a ser montado por completo. Geladeira, fogão, microondas, uma mesinha com 4 cadeiras e até uma sanduicheira que costumo usar como grill. Depois o escritório com uma escrivaninha que veio desde quando morava numa kitinet ali na Rio Grande do Norte.
No nosso projeto para o escritório fizemos questão de incluir um sofazinho. Escolhemos um bem simpático, de 2 lugares, que abre nas laterais e vira uma cama. Nos primeiros meses que seguiram logo após a mudança,era nesse sofá que eu dormia.
Compramos uma televisão também. E eu me divertia nos espaços entre a geladeira o sofá e a televisão. A casa vazia era grande demais pra mim que pensava: "Oba, mais espaço para minhas bagunças!!!"
Nesta época a sala era completamente vazia e, como o numero de visita crescia, resolvi colocar o sofá do escritório, que ficava no quarto junto com a televisão, na sala. Logo compramos minha cama e com mais um tempo montamos meu quarto.
Ainda não tenho nenhum quadro pra enfeitar, mas improvisei umas molduras e colei 3 fotos na parede da sala. Na varandinha tem um vaso carregadinho de flor e hoje, eu minha mae e minha tia, que é decoradora, tiramos algumas medidas, fizemos orçamentos e...
...estamos fechando o projeto da sala de visitas (que também é sala de jantar e de televisão).
Em breve, amigos, teremos a festa do sofá aqui em casa hein?!
Na foto: Silvana, Pipa e Regina no planejamento da sala
fotos de: Pipa Cavalcanti

4/21/2009

Trovoada #13


 2009 é o ano internacional da astronomia. Comemora-se 4 séculos das primeiras observações telescópicas feitas por Galileu. Segundo a União Astronômica Internacional, um dos objetivos das atividades comemorativas é incentivar o estudo sobre o universo e melhorar a inclusão social na ciência.
Nem se eu tivesse 6 meses de treinamento na NASA, soubesse o básico do básico de Russo e 3 milhões de dólares para passar 10 dias em um ônibus espacial eu poderia passear pelo espaço. Sabem por quê? Por que me faltam 4 cm. A altura mínima permitida para turistar no espaço, é 1,60m. 
Tô vendo a inclusão social na ciência....

4/15/2009

Os poema da gente #2

Tem gente que faz poema
pra gente ficar feliz.
Eu faço poema
só porque eu quis.

Se quem tais versos
tiver lido
e esquecido de algum problema
é porque já aprendeu
que os versos dos poema
espantam toda dor.
Só é triste a poesia
que sofre de amor.

Tem gente que faz poema.
Tem gente que faz problema.
Tem gente que faz os dois.

Bom mesmo é brincar de ser poeta
Com esses versos sem reta
De poesia feijão com arroz.

Os poema da gente

Tem gente que pensa
que um poema
é um problema.

Discordo e tenho dito!

Ema, ema, ema
cada um com seus
poema.

Candy eyes

Abro e fecho janelas
tentando por elas
ver-te
com olhos de quem,
em pleno flerte,
roubaria de ti um beijo
no desejo
de te saber.

Hora abro janelas.
Hora fecho todas elas.

Na ponta do dedo
teus olhos.
Antes não fosse
teu olhar de doce
a me olhar.
Antes não fosse alma.
Antes não fosse dor.
Antes não fosse janela
pra ver passar por ela
tamanho amor.

Antes fossem portas - teus, os meus olhos
abertos.
Escancarados.

Antes não fosse
teu olhar de doce
a me olhar.
Antes fossem portas
abertas
pro amor entrar.

Hora abro janelas...
Ora, abro todas elas!

4/13/2009

Moletom

O inverno ainda não chegou
E meu coração treme de frio
Aquele moletom vermelho
Sangra toda saudade.

Sua lembrança
Faz verão em mim.

4/12/2009

O primeiro beijo

Era um beijo que estava prometendo acontecer. Um beijo congelado no tempo. Um beijo que aguardava o momento certeiro. Olhos fechados e cabeças voltadas uma para outra. Entre elas o espaço de um tudo. Um universo prestes a expandir-se.

E num estalo, numa fração de um semi tempo qualquer, o beijo acontecia. Os corpos se encontravam na certeza de que além de bom era certo. Boca na boca, corações compassados e o mundo lá fora, parado, contemplando o encontro que não teve nenhum atraso. O tempo era de uma sincronia perfeita.

Para os dois não havia tempo ruim. Os olhos permaneciam fechados, como se ambos confiassem na bondade inexistente no mundo. O mundo era amor. E acreditavam, de olhos fechados ou mesmo quando os abriam, que foram feitos para o amor. Acreditavam na possibilidade de um amor novo. De um amor que cura e completa.

Se beijaram, enfim. Os corações pararam, mas continuaram vivos.

Foto: Pipa Cavalcanti