4/30/2008

Mute


A poesia que entra calada
não sai muda.
As entrelinhas sempre
revelam
seus segredos.

4/28/2008

Analfabetismo poético


Não adianta forçar.
Quando a poesia não quer,
não há quem a faça querer.

Poesia sem vontade é,
sem dúvida,
analfabeta.

4/07/2008

Daqui pro futuro


Com auxílio de sua criatividade, responda a esta pergunta:
Como serão as pessoas no ano de 2014?

4/03/2008

Ai de mim

Todo início chega ao meio
E todo meio tem seu fim
Ai de mim que o que eu mais quero
Por um instante – (des)espero
Gostar de quem
Gosta de mim.

Ai de mim que o tempo não passa
E meu sorriso murchinho,
Já sem graça,
Se esquece de sorrir.
Ai de mim que sou teimosa,
E em verso e em prosa,
Vejo meu coração - em pedacinhos
Se partir.

Ai de mim que não choro
Nem um choro encabulado.
Ai de mim que sou teimosa
E teimo, toda manhosa
Em não te ter ao meu lado.

Ai de mim, Deus do céu!
Que de amor sei muito pouco
E que das dores sei demais
Aí de mim, minha gente,
Que o coração bate rouco,
Bate carente
Tum-tum, tum -tum
não quero mais.

Ai de mim!
Ai de mim!
Que todo princípio
Tem um fim.

Ai
De
Mim.