12/05/2010

Quebrando a cabeça

Oi gente!

Tem muito tempo que eu não escrevo por aqui. Falta de tempo? Nheee...
Vou ser sincera: falta de inspiração.

Eu bem que tentei produzir alguma coisa hoje, mas tudo o que me restou foi essa foto, pra provar aos meus amigos e leitores que sim, eu estou quebrando a cabeça pra tentar postar algo de novo por aqui.

Um abraço pra cada um de voces.

Pipa

10/21/2010

Aviso

É proibido pisar na grama!
Dizem os loucos .
Mas meus pés-
sábios que são-
dizem:
É proibido pisar em mim!


Foto: Pipa Cavalcanti

10/15/2010

A nossa rua

A minha saudade
tem cheiro
de jasmim.
Você longe
e eu perto
de mim.

10/03/2010

Last Request


Tem um tempinho que venho me exercitando na fotografia.
Gosto de ler um poema, um livro , ou até mesmo escutar uma música e, logo depois, pensar numa imagem para traduzir aquilo que acabei de ler ou escutar.
Tenho conseguido produzir imagens bastante significativas com essas transposições.

A foto que fiz hoje traduz uma musica do Paolo Nutini – que eu adoro – chamada Last Request.
Aproveito pra compartilhar com vocês o resultado.

Gostaram?

Grant my last request and just let me hold you, don't shrug your shoulders
Lay down beside me
Sure i can accept that we're going nowhere
But one last time let's go there



Foto: Pipa Cavalcanti


9/30/2010

Desatenta


O mundo vem à mim, algumas vezes, de maneira muito confusa.
Um turbilhão de informação me chega aos olhos e, por eles não passam.
É como se eu enxergasse a paisagem, mas não a visse.
Meu mundo é um sentir sem arrepios. Uma música que, muitas vezes, toca em silêncio.
É um livro que eu leio e não entendo e, então, leio novamente.
Olho para a esquerda. Para a direita. E o que eu vejo são muitas dúvidas e uma única certeza: todas elas permanecerão sem resposta.
Minha sensibilidade é outra.
Não compreendo os números, mas leio os olhares.
Falo pouco, mas quando falo é de verdade.
Sei sorrir com os olhos – olhos estes de abismos e de promessas.
Choro bem quietinha, prestando atenção nos pensamentos .
Minha sensibilidade é  outra.
Não presto muito atenção nas coisas. Eu gosto é de sentir.
Meu maior desafio é arrepiar de emoção. Sem chorar.
E depois do arrepio, aí sim vem a lágrima.
O mundo vem à mim, algumas vezes, de maneira muito confusa.

Minha sorte é não prestar atenção nessas coisas e prosseguir.
Prosseguir sempre questionando. E esquecendo das respostas.

Quem sabe assim, chegarei em algum lugar.

Foto: Pipa Cavalcanti

9/28/2010

Cinza


Olhei pra frente e o que eu vi foi a chuva que chovia teimosamente. Sem parar.
Não tinha você. Não tinha eu. Em meu horizonte tudo era cinza de um tempo chuvoso.
E a chuva caia... caia fria. Enquanto eu ia... ia... Fria.
O meu coração de granizo se derrete ao luzir do primeiro raio de sol. E não demora muito.
Mas, enquanto chover e o céu –e tudo- estiver cinza assim, decidi que vou olhar pra trás.
Só enquanto a chuva estiver caindo... indo... E eu indo... indo. Rindo.
Depois, o sol vem. Meu coração derrete.
A chuva evapora. Quente.
Meu coração bate. Arde. Quente.
No meu horizonte cinza de um dia chuvoso vejo duas certezas: a do luzir de um raio de sol e de novas tempestades.
No meu horizonte não tem você. Não tem eu. Só um cinza profundo, de uma chuva que teima em chover pela metade.

Foto: Pipa Cavalcanti

9/22/2010

Diálogo sobre uma tão sublime beleza


“O que dizer à bela dama se sua beleza é tão intensa que até um girassol despetalado não retém outra coisa no olhar?” – perguntou o rapaz.
- Não diga nada. Absolutamente nada -  respondeu o Girassol- Quando a beleza se faz sublime, olhe para ela bem quietinho. Aprecie os detalhes e  guarde-os no silêncio.

Tudo que é belo merece respeito.

Foto: Pipa Cavalcanti



9/12/2010

Sobre gripe e promessas

Quando eu fico gripada eu fico doente de verdade. Isso é, não há outra doença que me derrube tanto como uma gripe de mão cheia.

A gripe me faz pensar na vida. Entre um espirro e outro (e o corpo todo contorcido de dor) penso em meus (maus) hábitos: “Ah se eu comesse mais verduras e legumes” , “A partir de amanhã vou tomar vitaminas”, “Eu sei. Preciso parar com essa mania de lavar o cabelo à noite”...

Minha gripe é quase um réveillon- faço resoluções que não irei cumprir nem a metade. E tais promessas se repetem a cada novo vírus gripado que se instala em meu corpo.
Mas quem é que não está sujeito à gripes e promessas não cumpridas?

Na foto, tirada hoje mesmo, eu, de-saco-cheio dessa gripe. Tomando uma sopinha sem graça na tentativa de suar a febre.

Foto: Pipa Cavalcanti

8/29/2010

Caminhos

Peço licença à Marisa Monte:


"Nenhuma pessoa sozinha ia
Nenhuma pessoa vinha
Nem a manhãzinha, nem a madrugada
Nem a estrela-guia, nem a estrela d'alva
Alta noite já se ia, ninguém na estrada andava
No caminho que ninguém caminha, alta noite já se ia
Ninguém com os pés na água"

Shhhh: quando o silêncio fala mais alto.

Conversando com uma amiga num barzinho, cheguei a conclusão que uma conversa segura, apesar da impessoalidade é uma conversa virtual. Isso, por chat.

Quer parecer perfeita? Fale de todas as suas habilidades (e trate de aumentá-las) numa conversa via MSN.
Quer parecer centrada? Encare uma briga virtual e aproveite que a distancia entre o cérebro e seus dedos é menor do que a distância entre ele e a sua boca. Isso mesmo, fale com os dedos e tire proveito da distancia para pensar mais.
Brincadeira, gente! Estava sendo irônica com vocês.
É que nós, mulheres, às vezes falamos de mais. E falamos sem pensar. Vamos admitir que sofremos desse mal.
Precisamos aprender as vantagens do silêncio. A pausa também se toca. O silêncio também é música. E na maioria das vezes incomoda muito mais.
Sejamos leves por completo!
No ouvir e no falar. Principalmente no falar.
Uma palavra mal dita, as vezes até mesmo com a intenção correta, extingue a possibilidade do silêncio reinar.
Vote sempre no mais seguro. Quando se fala, não tem como desfalar.
O legal do silêncio é que nele, sempre terá algo por dizer – um “desculpa”, talvez.
O silêncio é sempre mais delicado e mais leve.
Mas que seu diálogo não termine assim.
Tem a face do silêncio que consente.
Que nossas palavras sejam elegantes.
E nossos silêncios compreendidos.


Foto: Pipa Cavalcanti

8/26/2010

Trovoada #14

Me perdoem a rebeldia. E me agradeçam a sinceridade.
Uma imagem vale mais que mil palavras.
Sem dúvida.


Foto: Pipa Cavalcanti

8/25/2010

Velcro

Não consigo resistir a esse olhar.
Cisco, meu fiel companheiro, o cãozinho velcro – que não desgruda .
O menino da casa, o bagunceiro, o alegre. Meu lindão.

Foto: Pipa Cavalcanti

Heart of Stone




Foto: Pipa cavalcanti

8/18/2010

Abstração

Para amar uma mulher, ou até mesmo para entendê-la, há que se entender que as mulheres são uma obra de arte em sua plenitude mais abstrata.


Podem não fazer o menor sentido à primeira vista, muito embora seus traços sejam agradáveis aos olhos. Você sabe, esteticamente corretos.

Mas quem foi que disse que as mulheres prometeram fazer sentido? Para entendê-las é necessário aprender a falta de sentido que existe entre os seres do sexo feminino.

Mas quando as atravessam com o olhar, se deliciando em cada detalhe, o que se percebe é uma natureza deliciosa. Amável. E então, se desapegando de qualquer sentido que possa existir em uma mulher, ao desistir de entendê-la, só assim a compreenderá.

Foto: Pipa Cavalcanti

8/16/2010

Novidades no Ar!

Queridos leitores,
para aqueles que amam, apreciam ou simplesmete são curiosos em relação à fotografia,
quero fazer um convite!

Sintam-se convidados à conhecer o blog do Studio3, escola de fotografia que funciona aqui em Belo Horizonte.


8/13/2010

Tia Helena

Tia Helena não teve medo de envelhecer. “Velha, não. Idosa”, responde sempre pra ela mesma ou pra qualquer um que se atreva a perguntar.
Joga um baralho como ninguém. Quando sem as companheiras de jogo, ocupa a mente com o trivial “paciência”. Às quarta-feiras, encontra as amigas para o sagrado jogo de “Buraco”, que ganha quase sempre e “sem roubar”, garante.

- Tia Helena, o que a senhora mais gosta de fazer?
- Jugá, bebê e pitá – Responde com o sotaque mineiro.

Helena é viciada em doses diárias de alegria: joga seu baralho, fuma três pitos por dia e bebe duas doses de pinga. A ultima por conta do médico que receitou: “ pode tomar mais uma por minha conta”.

E ela obedeceu.

Foto: Pipa Cavalcanti

7/20/2010

Sorrir com os olhos

-Você sorri tão bonito - ela disse.
- É mesmo? - Disse eu.
- Sim. Você sorri com os olhos.
- Talvez com esses óculos meu sorriso enxergue melhor.


A vontade que eu tenho é de sorrir ainda mais feliz.

FELIZ DIA DO AMIGO!

Foto: Pipa Cavalcanti

7/04/2010

Diálogo

E então, o senhor perguntou para o cavalo que passava por alí:
 - "Como faço para caminhar assim, com essa destreza nos pés?"
 O cavalo sabiamente respondeu:
 - "Se eu que tenho quatro patas consigo, você que só tem duas também conseguirá. O segredo dos bons caminhos é esquecer dos pés e lembrar só do coração"
Foto: Pipa Cavalcanti

5/19/2010

Primeiro Olhar

É com imenso prazer que convido vocês para prestigiarem essa exposição, com fotos minhas e de outros fotógrafos queridos.


Um passeio fotográfico de Sabará ao Mercado Central de BH.

O centro de cultura Nansen Araújo/ Teatro Sesi Minas em parceria com o Studio 3 Fotografia e Iluminação promovem do dia 17 ao 31 de maio a mostra fotográfica “Primeiro Olhar”, aberta ao público gratuitamente.
A mostra consiste nos registros fotográficos decorrentes dos temas “Sabará” e “Mercado Central”. Os alunos –e por que não artistas- formam a primeira turma do curso profissionalizante de fotografia do Centro de Cultura Nansen Araújo em parceria com o Studio 3.

Primeiro Olhar:

“A fotografia, antes de tudo é um testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história, cabe a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-las.”
É neste contexto que a proposta da exposição é lançada. O desafio do ‘primeiro olhar’ é uma estrada de mão dupla, onde os fotógrafos revelam o significado de seus olhares e o público é convidado a lançar suas primeiras impressões ao trabalho em questão.
É, sem dúvida, uma mostra de olhares inéditos sobre alguns detalhes do riquíssimo e belo cenário de Minas. Olhares que, como desafio maior, encontram o desejo de significar- emocionando ou incomodando propositalmente.
“Nosso compromisso com a fotografia é deixá-la repleta de significados. A imagem vazia, aquela que não diz nada a ninguém, que se resume ao simples fato de representar, está perdendo espaço nesse mundo em que, literalmente, uma imagem vale mais que mil palavras. As imagens deste Primeiro Olhar se encarregam de contar uma história, de fazer despertar os sentidos daqueles que aceitam o desafio de lê-las”, afirma a curadora e docente da mostra, a fotógrafa Andreia Bueno.

Da Pinhole à Digital:

Outro ponto alto da mostra são os painéis de fotografias feitas a partir de uma máquina fotográfica Pinhole.
Pinholes são máquinas artesanais que, neste caso, foram construídas pelos próprios alunos que utilizaram materiais descartáveis como latinha de refrigerante e caixinhas de fósforos.
Do inglês Pin (alfinete) e hole (buraco) esse tipo de fotografia resulta num trabalho bem conceitual, onde os princípios básicos da fotografia se revelam em uma deliciosa surpresa. Isso porque não se pode ver o resultado até o momento da revelação.
Sob esse prisma, a mostra “Primeiros Olhares” também convida o expectador para uma experiência fotográfica ímpar, levando-o a conhecer melhor as maneiras de registrar o mundo à sua volta.
Desta forma, o público fica convidado a desvendar as ‘eternas novidades’ trazidas por esse primeiro olhar, capaz de transformar o corriqueiro em pontos de vistas, quem sabe, inéditos.
A exposição acontece do dia 17 ao 31 de maio no Centro de Cultura Nansen Araújo, Rua Alvares Maciel, 59, Sta. Efigênia.

É aberta ao público gratuitamente nos seguintes horários:
Segunda à Sexta: 09:00 às 22:00 horas
Sábados : 09:00 às 13:00 horas

5/05/2010

Eu por aí




Quem acompanha o blog já deve ter lido o poeminha dessa foto aí ao lado. Pois é, a exposição Feminine Mystique, da fotógrafa Andreia Bueno, (uma querida!) reune um popurrí muito especial de images e textos.
Tive a honra de ter palavras minhas escolhidas para representarem, em palavras, a foto.

Oba! ;)
Ps: Não, eu não sou a pessoa da foto!


world wide

às vezes o vazio bate.
mas aí eu lembro:
um mundo inteiro
espera por mim.

5/03/2010

Feminine Mystique

A exposição Feminine Mystique, da fotógrafa mineira Andreia Bueno, é composta por auto-retratos que buscam traduzir a delicadeza da intimidade e do desejo feminino presente em todas as mulheres.

O trabalho revela o olhar sensível da fotógrafa, que nas linhas e entrelinhas da fotografia, discute uma mística possível sobre as mulheres naturalmente belas.
Sem a utilização de recursos de manipulação da imagem, como a ferramenta Photoshop, por exemplo, Andreia cria uma atmosfera intimamente familiar às mulheres.

As fotos traduzem o espírito feminino em suas mais diversificadas nuances: A mulher que deseja, a mulher que chora, a mulher que ri e ri dela mesma.

Na exposição, Andreia optou por utilizar recursos visuais que vão além da fotografia. A artista brinca, sobretudo, com um popurrí de imagens e palavras dispostas de maneira bem intencionais, que traduzem um universo místico e feminino por natureza.

Serviço:
de 4 à 15 de maio
no shopping Minas Casa
Av. Cristiano Machado 3425- Belo Horizonte

5/02/2010

Feminina

Ser de repente
serpente.
Ser essa a minha sina.
ser

menina

4/25/2010


Fome

"Saudade é um pouco como fome"-
já constatou a poeta.

Estou com os dois.

4/19/2010




Mordaça


Se eu abrir meu coração
você fecha a sua boca?

Sobre Cavalos Marinhos

Pensando bem, até que poderia ser mais fácil. Mas quer saber? Se ela não tivesse se reinventado tantas vezes, talvez não teria  se encontrado assim, tão dona de seus sonhos.
Encheu o peito de coragem. Ou a mente?
Encheu a consciência de coragem...
Sim, a consciência. Ela jamais havia parado de pensar. Mas seu coração, por ele, já tinha parado de bater.
Enfim, encheu a consciência de coragem e se reergueu sabe-se lá de quantos absais.
Escreveu sua história. Reescreveu sua história. Reinventou-se.
Celebrou a sua natureza de mulher, seu instinto de mãe( se é que isso é mesmo instintivo). Ela sabia das coisas e tinha- sempre teve- certeza do seu melhor.
E mesmo quando erguia a cabeça, era no silêncio que falava. Com os olhos, quase sempre. No silêncio ela era palavra escrita. Na ausência, era palavra ainda por escrever. E contava histórias maravilhosas com seu olhar de mistério.
Tinha a energia de uma Phoenix -tão feminina por natureza- , mas gostava mesmo de se comparar com os cavalos marinhos, sempre mansos de espírito, elegantes, verticais. Sempre verticais.  Não importando a profundeza em que se encontram. Ah  quantos absais...
Aliás, os cavalos marinhos serão sempre uma boa metáfora para ela, que eu não sei se sabe nadar. Mas que não precisou virar cinza para ressurgir.
Encheu o peito de coragem. Botou o coração para bater mais forte e falou com seu olhar que pensa: “não há nada que uma mulher não possa superar”.
Depois disso, apaixonou-se por ela mesma.
Foi o primeiro cavalo marinho com asas que  já vi.

3/31/2010

Passa tempo








Acho que em todos esses anos mudei muita coisa.
Outras permaneceram as mesmas.
Ainda bem que o tempo passa.

3/30/2010

Mulher.com

Antes de tudo sou uma constatação: sou Mulher. Ponto. Não uma “mulher e ponto”. Entende a diferença? A “mulher e ponto” é aquela que se contenta em apenas ser. Eu sou. E existo.
Mas em primeiro lugar sou mulher. Sinto cólicas, choro a toa, tenho neuras com as gordurinhas, adoro uma coca com gelo e limão e um papo cabeça. Tenho lá minha vaidade, faço questão de estar, se não com a melhor roupa, com o melhor perfume.
Adoro vestidos e sapatos esquisitos.
Mas também tenho os dias de “foda-se -o- mundo- eu- quero- meu- pijama”
Vermelho é a cor que me rege.
Carrego, dentre outras funções, muita personalidade. Meu cabelo é curto por alguma razão.
Adoro ser baixinha. Detesto salto alto. Mas uso quando quero estar mais charmosa.
Não sou e não pretendo ser a pessoa mais ocupada do mundo. E olha que o mundo é pequeno demais pra mim. Quero ter tempo de sobra. Para ouvir e fazer minhas músicas, minhas poesias. Minhas bagunças internas e externas.
Quero ter tempo de continuar feliz. Sem esquecer que não há nada que seja impossível superar.
Quero ter tempo de continuar a ser uma constatação: Ser Mulher. Ponto.