12/18/2008

Tia Célia


Ela não me conheceu. Nunca sonhou com a minha existência. Morrera aos 15 anos, vítima de um reumatismo bobo que lhe atingiu o coração. Morreu rezando e deve ter virado santa.
Eu sabia do retrato da moça. Mas não da moça do retrato. Ele, o retrato, esteve no mesmo lugar durante toda a minha infância de férias na casa das tias. Continua lá, olhando pra gente. E hoje me olhou de maneira diferente. Fez com que eu olhasse também. E para minha surpresa, foi como olhar num espelho.
Tia Célia e eu, pra provar que a história sempre se repete.

2 comentários:

[Manú] disse...

Bonito post.Só para provar que somos pedaços de outros pedaços, fagulhas de outras pessoas, fragmentos de outros pensares. Só para reafirmar o quanto a vida pode ser mágica,ainda que misteriosa. bj!

Carolina Vilela disse...

Incrível a semelhança. :)