Conversando com uma amiga num barzinho, cheguei a conclusão que uma conversa segura, apesar da impessoalidade é uma conversa virtual. Isso, por chat.
Quer parecer perfeita? Fale de todas as suas habilidades (e trate de aumentá-las) numa conversa via MSN.
Quer parecer centrada? Encare uma briga virtual e aproveite que a distancia entre o cérebro e seus dedos é menor do que a distância entre ele e a sua boca. Isso mesmo, fale com os dedos e tire proveito da distancia para pensar mais.
Brincadeira, gente! Estava sendo irônica com vocês.
É que nós, mulheres, às vezes falamos de mais. E falamos sem pensar. Vamos admitir que sofremos desse mal.
Precisamos aprender as vantagens do silêncio. A pausa também se toca. O silêncio também é música. E na maioria das vezes incomoda muito mais.
Sejamos leves por completo!
No ouvir e no falar. Principalmente no falar.
Uma palavra mal dita, as vezes até mesmo com a intenção correta, extingue a possibilidade do silêncio reinar.
Vote sempre no mais seguro. Quando se fala, não tem como desfalar.
O legal do silêncio é que nele, sempre terá algo por dizer – um “desculpa”, talvez.
O silêncio é sempre mais delicado e mais leve.
Mas que seu diálogo não termine assim.
Tem a face do silêncio que consente.
Que nossas palavras sejam elegantes.
E nossos silêncios compreendidos.
Foto: Pipa Cavalcanti