5/29/2007

Chiclétinho quando nasce esparrama pelo chão...


... e gruda no sapato.


Sabem oque eu fiz hoje?

Chupei (ou masquei?) um Bubaloo tutti frutti...

Tinha muito tempo que não chupava chiclé de bola (e sem bola também).

Dora e seus leões

Todas as noites Dora fecha as portas,
as janelas
e apaga as luzes
antes de dormir.

Dora deita seu corpo cansado,
encosta a cabeça e pensa
em como o dia foi bom
e se vai sentir frio durante a noite.

Às vezes Dora duvida
e pega outro cobertor.
Outras vezes Dora
se desfaz de todos eles.

Aí, Dora sonha.
Sonho de brisa,
De Isa
De Dora.
De Isadora.

Se o sol levanta,
Dora levanta.

Com um salto assustado
Dora sai da cama e pensa:
“Hoje eu mato mais um leão.”

5/28/2007

Bisos! Bisos! Bisos!

Escrevo esta homenagem porque quero e não porque “tenho que”. E homenagens são apenas para pessoas muito importantes, que marcam nossas vidas, que nos marcam. De maneira muito boa, é claro.
Não vou mentir. Esta deve ser a 4ª vez que tento escrever e não consigo. Não que eu não consiga escrever, o que eu não consigo é arrumar palavras que descrevam o que é exatamente ser um “Biso”. Porque melhor do que SER um Biso, é TER um Biso por perto.

Eu também não poderia escrever 2 homenagens diferentes, porque aí teria que escolher um Biso pra ser o primeiro, e além de essa escolha não me caber, não seria justa, porque Biso que é Biso anda sempre junto.

Por falar em andar junto... Isso é bem verdade. Biso que é Biso não deixa Biso se sentir só. Está sempre presente, virtualmente, emocionalmente ou moralmente falando.

Tem o Biso Maior, que é mais centrado, mais “na dele”, que se perde (e se encontra) em infinitas páginas de lingüística “não-sei-das-quantas”, que se complica e se simplifica em suas poesias e se revela nas fotografias, que também são retratos da simplicidade de sua alma.
Biso Maior gosta de onomatopéias: nhéc-nhéc e clicks africanos fazem parte de sua coleção. Gosta de ópera, de Tom e de Elis, de Manoel de Barros e seus versos medidos à cuspe a distância. Gosta de grama molhada e pés descalços, calça jeans e havaianas, de sentir cheiro de bolo. Mas quem é que não gosta dessas coisas?
O que eu sei é que Biso Maior gosta de uma maneira diferente, porque se emociona com a simplicidade de todas as coisas e conhece “os quatro elementos de tudo”. E se tem uma coisa que eu gosto no Biso Maior são suas sinestesias, teve uma vez que ele queria fotografar o cheiro da fumaça. Olha que coisa mais poética!!! E eu também gosto das poesias que Biso Maior escreve, gosto de quando seu eu lírico Catarina aparece e fiquei feliz em saber que Catarina fez amigos.
Biso Maior é de uma doçura sem fim, é uma pena que não gosta de doces (ou gosta? *risos*).

O Biso Menor é diferente, mas não menos Biso. Tem uma risada engraçada, uma coisa indescritível, mas que me faz rir toda vez. Tem um lance com a música que vou te contar... é hipnótico vê-la tocar! Biso Menor gosta de M&M e, infelizmente não os pode compartilhar. Mas, se fizermos uma carinha de pidão ela dá uma bolinha daquelas pra gente, mas só uma...
Esta espécie de Biso é simpatia pura: abraço apertado e tudo mais, chora com os amigos, toma as dores mesmo. É capaz de nos defender mesmo quando não estivermos 100% com a razão. Mas pra isso é preciso “conquista-la”.
Biso Menor é sensato em tudo o que faz. Parece saber das coisas, de todas elas. Tem sempre um bom conselho para dar e melhor ainda, está sempre disposta a escutar.
Gosto de trocar figurinhas musicais com Biso Menor, gosto de vê-la tocar. Gosto de ver e de ouvir. De ver porque Biso Menor é mais lindo quando toca e de ouvir porque Biso Menor “tem as manha total”, consegue até tocar um Si (bemol?) agudíssimo, que confiem em mim, é difícil pra daná...

É por isso e por outros “issos” aqui representados nas entrelinhas que eu amo essas 2 amigas, 2 irmãs. 2 amigas irmãs.
Em outras palavras, como Biso Menor certa vez escreveu: “Eu amo os Bisos =)”

5/20/2007

Metade de mim


Metade de mim se prende
Na música certa pra fazer poesia.
A outra metade se prende
Na garrafa de água vazia.

Metade de mim se prende
Em sonhos que nunca foram.
A outra metade se prende
Em sonhos que às vezes choram.


Metade de mim se perde
Em cd’s de blues arranhados
A outra metade se perde
Em livros desencapados.

Metade de mim se completa
Em tangos de amor perdido
A outra metade se completa
Em desejos desiludidos.

Metade de mim se reflete
Em filmes que nunca vi
A outra metade reflete
Aquilo que nunca ouvi

Metade de mim se contenta
A outra metade tenta.
Metade de mim foi embora
A outra metade não demora.

Metade de mim é poeta
A outra metade é atriz
Que canta querendo achar
Aquilo que sempre quis.

Metade de mim é rima
A outra metade é palavrão.
Metade de mim é alma
A outra metade, desencarnação.

Metade de mim é vírgula.
A outra metade é exclamação.
Metade ainda é três pontos
A outra, interrogação.

Metade de mim está completa
A outra metade está vazia.
Metade de mim está repleta,
A outra metade é alegria.

5/14/2007

O barquinho e a ilha

Do perto fez-se o remo,
da saudade o leme
e o abraço ergueu as velas.
.......................................Rema o remo.
.......................................Segue o leme.
.......................................Erguem as velas.
O coração batendo apertado,
tristinho.
Como um barco que parte
com saudade de ilha.



5/04/2007

Palavra rema

Não me preocupo com o que fizeram comigo.Me preocupo com o que eu farei com o que fizeram de mim.
Não sei de quem é essa frase.