9/28/2008

post secret





9/25/2008

Adeus, Margarida

Margarida,
hoje você saiu no jornal. Não era manchete, nem foto grande de primeira página. Foi uma notinha discreta com o título de “Fatalidade”. Dizia que você era linda e alegre, mas isso não era notícia pra mim. Notícia mesmo era o que dizia de como você pegou no sono. Na banheira. E que não acordaria nunca mais.

Quando recebi a notícia pensei nas coisas que você não mais sentiria. O vento batendo no rosto. O som agradável da sua música favorita. O gosto do chocolate ao leite que você adorava. Pensei também que você não sentiria mais a água quente batendo no corpo cansado. Engraçado pensar que esta foi a ultima coisa que você sentiu. O bom é poder achar que seu corpo agora está descansado. Descansando.

Engraçado, Margarida, como as coisas são. Muita gente querendo fazer as pazes com Morfeu e criando briga com Anúbis. E você com toda delicadeza e juventude tendo que encarar os dois em algum lugar que eu quero chamar de céu. Eu sou do contra. Não quero a paz de um, nem a tormenta do outro. Quero cantar pra você que está faltando um pedacinho. E gritar que “Dona Margarida quer ensinar pra vocês as coisas simples da vida”. Não era isso que você falava?!

Foi essa lição que levei na hora de me despedir de você. Estava triste. Brava. Mas com o coração batendo num compasso três por quatro. Simplesinho. No meio do desespero de muita gente encontrei paz e força pra te levar um pouquinho de bom gosto. Entre os cravos da morte, já murchos, deixei três margaridas ainda bem dispostas e quis cantar nosso Rap. Isso porque o estranho da morte é perceber que é a gente que passa a não existir. Eu quis estar bem viva. Ou parecer.
Enchi o peito de coragem e finalizei minha homenagem: vai em paz, Margarida. E cuide do nosso jardim.

9/17/2008

Estou descobrindo...


... que tenho novas habilidades. Ontem fiz um macarrão com molho vermelho que ficou di-vi-no. Basta agora aprimorar as técnicas. Quando estiver 100% convidarei os mais chegados para experimentarem a miha mais nova especialidade: "Macarronada a la pipa". Bem que eu podia inventar um nome mais criativo para o meu prato, ne?
Estou aberta à opiniões...

9/13/2008

Mania adiquirida


O leitor vai me perguntar a utilidade deste post. Então, logo de cara eu vou dizer que utilidade mesmo não tem nenhuma. Mas é que hoje tudo tá sendo motivo pra postar. êta vontadezinha esquisita essa.

Então aproveito a oportunidade para contar minha nova mania.

Eu poderia ter me rendido aos esmaltes vermelhos, como fez a Carol, ao Nescal para curar tosse, como fez a Helen, e até mesmo às cores sutis de um batonzinho ou brilho, pra me deixar com mais(quer dizer, alguma) boca. Mas não, eu estou "viciada" em passar protetor labial. É só meus lábios secarem que eu tiro do bolso (ou da mochila) um bastãozinho de hidratante labial sabor menta. O ritual se repete várias vezes por dia.

Um recadinho para aqueles que esperam me ver mais vaidosa um dia: quem sabe isso não evolui para um batonzinho básico, ne?!


errr... acho que não. Por enquanto.

Intelectuando

Momento de compartilhar nerdices. Adoro!
Não tenho costume de postar muitas fotos de mim por aqui, mas sei la... Deu vontadezinha de postar alguma coisa e como gostei dessa foto (não pela "fotogeneidade" mas pelo momento), resolvi colocar ela aqui.

9/11/2008

Trovoada #13

Um é pouco?
Diretamente da aula de jornalismo opinativo.
Já ouvi dizer que brasileiro é um povo exagerado. Não é à toa que cantava Cazuza, “exagerado, eu sou mesmo exagerado...”. A gente gosta mesmo de um exagero. Pra isso tomamos um Engov antes, outro Engov depois, não é mesmo?

Essa semana lemos, vimos e ouvimos exageradamente o cúmulo do exagero. Um casal que mata um filho e depois mata o outro, matam duas vezes. Até quando vamos continuar dizer que um é pouco e dois é bom? Então quer dizer que a morte dos irmãos João Victor, de 13 anos e Igor, de 12 está dentro do limite permitido? Começo a pensar então na possibilidade da criação para um novo limite entre o pouco e o demais.

Enquanto esse limite não é estipulado por quem quer se esteja encarregado desta tarefa, pensemos então nos nossos limites. Até porque “matar” um filho, quer dizer, dois filhos, não pareceu ser suficiente. O senhor e a “má-drasta” tiveram também que sufocar, esquartejar e então, finalmente queimar os pedaços de criança para não deixar vestígios da morte. E a morte por si só não é um exagero? Será que não passou pelas cabeças tão calculistas desses pais a falta exagerada que cometeram? Não, não deve ter passado. Prefiro acreditar que não passou.

Uma coisa é fato: no meio de tanto exagero teve algo que foi pouco. O motivo. Os meninos foram mortos por gerar conflitos entre o casal. Esse motivo não lhe parece exageradamente pequeno? É incrível como o pouco tem capacidade de se transformar em um grande acontecimento. Leia-se grande como em proporções e não como em exuberância.


Daí vem o outro lado do exagero. As coisas que nos são mostradas. As marcas de sangue, as paredes escurecidas pelas chamas do fogo, os sacos de lixo com os pedaços de criança, dois assassinos cruéis acusando um ao outro tentando se isentar da culpa exagerada que levaram. Uma madrasta e um pai chorando arrependidos por terem matado, esquartejado, queimado, não só uma, mas duas vezes.

Um é pouco? Dois é bom? Com certeza três seriam demais.

O pior é que não há Engov que desembrulhe o estomago depois disso tudo.

9/10/2008

No estúdio


Tem dias na vida da gente que não precisamos de mais nada. A sensação é de desafio conquistado. Tarefa feita. Coisa boa pairando no ar.
Hoje no estúdio, finalmente juntamos os "pedacins" de nosso quebra cabeça. Ficou tudo tão bonito como as pinceladas de Monet e as cores de Guingnard.
Mais uma vez, sem palavras para agradecer a parceria dos amigos.
Rumo ao festival!!!

9/09/2008

Roda viva

Roda mundo, roda gigante, Roda moinho, roda pião. O tempo rodou num instante, Nas voltas do meu coração...



Imperfeição

Lá estavam todas elas
Lindas e impecáveis
Com roupas milimetricamente
Dentro da moda.
Lá estavam todas elas
Sorridentes
Com suas comidinhas lights
E a cinturinha milimetricamente no lugar.
E o cabelo,
A bunda,
Os seios.
Eram lindas,
Jeitosas,
Cheias de classe.
Perfeitas.

Mas o que adianta não ficar bonita
Diante do erro?

O que eu mais gosto em mim
É que sempre fico bem
Diante da imperfeição.

9/06/2008

Pedacins coloridos



A casa dormiu e acordou cheia de música. Coisa bonita ver isso acontecer por aqui. E não foi só dentro de casa que o som ecoou. Dentro de mim também. Fiquei super satisfeita com os arranjos que fizemos, com a parceria que compomos.
Sem palavras para agradecer.
Depois do festival eu arrumo um jeito de postar as composições. Por enquanto precisam permanecer inéditas. =)


9/01/2008

Só pra constar...





... que "Apareceu a Margarida" foi um verdadeiro sucesso!