Margarida,
hoje você saiu no jornal. Não era manchete, nem foto grande de primeira página. Foi uma notinha discreta com o título de “Fatalidade”. Dizia que você era linda e alegre, mas isso não era notícia pra mim. Notícia mesmo era o que dizia de como você pegou no sono. Na banheira. E que não acordaria nunca mais.
Quando recebi a notícia pensei nas coisas que você não mais sentiria. O vento batendo no rosto. O som agradável da sua música favorita. O gosto do chocolate ao leite que você adorava. Pensei também que você não sentiria mais a água quente batendo no corpo cansado. Engraçado pensar que esta foi a ultima coisa que você sentiu. O bom é poder achar que seu corpo agora está descansado. Descansando.
Engraçado, Margarida, como as coisas são. Muita gente querendo fazer as pazes com Morfeu e criando briga com Anúbis. E você com toda delicadeza e juventude tendo que encarar os dois em algum lugar que eu quero chamar de céu. Eu sou do contra. Não quero a paz de um, nem a tormenta do outro. Quero cantar pra você que está faltando um pedacinho. E gritar que “Dona Margarida quer ensinar pra vocês as coisas simples da vida”. Não era isso que você falava?!
Foi essa lição que levei na hora de me despedir de você. Estava triste. Brava. Mas com o coração batendo num compasso três por quatro. Simplesinho. No meio do desespero de muita gente encontrei paz e força pra te levar um pouquinho de bom gosto. Entre os cravos da morte, já murchos, deixei três margaridas ainda bem dispostas e quis cantar nosso Rap. Isso porque o estranho da morte é perceber que é a gente que passa a não existir. Eu quis estar bem viva. Ou parecer.
Enchi o peito de coragem e finalizei minha homenagem: vai em paz, Margarida. E cuide do nosso jardim.
Quando recebi a notícia pensei nas coisas que você não mais sentiria. O vento batendo no rosto. O som agradável da sua música favorita. O gosto do chocolate ao leite que você adorava. Pensei também que você não sentiria mais a água quente batendo no corpo cansado. Engraçado pensar que esta foi a ultima coisa que você sentiu. O bom é poder achar que seu corpo agora está descansado. Descansando.
Engraçado, Margarida, como as coisas são. Muita gente querendo fazer as pazes com Morfeu e criando briga com Anúbis. E você com toda delicadeza e juventude tendo que encarar os dois em algum lugar que eu quero chamar de céu. Eu sou do contra. Não quero a paz de um, nem a tormenta do outro. Quero cantar pra você que está faltando um pedacinho. E gritar que “Dona Margarida quer ensinar pra vocês as coisas simples da vida”. Não era isso que você falava?!
Foi essa lição que levei na hora de me despedir de você. Estava triste. Brava. Mas com o coração batendo num compasso três por quatro. Simplesinho. No meio do desespero de muita gente encontrei paz e força pra te levar um pouquinho de bom gosto. Entre os cravos da morte, já murchos, deixei três margaridas ainda bem dispostas e quis cantar nosso Rap. Isso porque o estranho da morte é perceber que é a gente que passa a não existir. Eu quis estar bem viva. Ou parecer.
Enchi o peito de coragem e finalizei minha homenagem: vai em paz, Margarida. E cuide do nosso jardim.
5 comentários:
:(
tem muito mais coisa que vc aprendeu...
eu sei...
se tem...
é por causa daquela marchinha de carnaval "meu coração amanheceu pegando FOOOOGO, Fooooogo, foooogo.." saca? por isso o vermelho!
mentira.
é porque eu descobri que é preciso mudar. de tempos em tempos é preciso experimentar mudanças. qualquer dia deixo amarelo, verde, azul de novo... ou qualquer dia minha irmã faz pra mim bonito igual ela fez no dela! :) com fotos poser e tudo mais haahhahahaaha
pipooooca, vou te mandar um email agora. Le e responde.
beijo
helen
bom ter vc por perto de novo!!!!
:)
Olá Pipa!
Vim parar no seu blog como vou parar em muitos outros por aí: entrei no blog de uma amiga e fui então visitar os favoritos, os favoritos dos favoritos e assim por diante.
Fiquei embevecida com muitos dos seus textos. Confesso que adorei a forma como vc escreve.
Por isso mesmo, acho que vou me tornar frequentadora assídua do seu blog (se vc não se importar, é claro).
Quanto a este texto particularmente (da "Margarida"), ele é seu mesmo ou vc o transcreveu?
Bom, não consegui postar do meu endereço de blog, mas o envio então.
Meu nome é VIVIANE, e meu blog, vivigranma.blogspot.com.
Parabéns pela leitura agradável que seu blog proporciona.
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