Depois de muito tempo
após longo pensar
quão grande é o céu?
Quão imenso é o mar?
E me vejo refletindo
o perigo de existir
quem sabe por onde indo?
Quem sabe por onde ir?
Ecoam tais perguntas
em silêncio infinito
flutuam pelo vento
e caem no a
...................b
......................i
........................s
..........................m
.............................o
E mesmo depois de tanto pensar
não consiguindo medir
o céu
o mar
Que tarefa mais injusta
e complicada.
Não haveria por ventura
tarefa mais ajustada?
É coisa de doido
e bastante banal
por no infinito
por no infinito
um ponto final!
E novamente
ponho-me a pensar
-"que versos tristes
estou a rimar!"
São rimas completas,
rimas imperfeitas.
A mais incorreta escansão,
são versos de amor perdido
traduzindo a solidão.
Quão grande é o céu?
Quão imenso éo mar?
Novamente
me pego a pensar
São mil pensamentos.
Pensamentos infindos.
Quem sabe por onde ir?
Quem sabe por onde indo?
E não se vai a lugar algum
E nem ao menos paro de pensar
Quão grande é o céu?
Quão imenso é o mar?
E não encontrando resposta
para tal pensamento
me torno rosa num instante
e me desfaço com o vento.
3 comentários:
Ah! Eu amo esses trechos com poesia concreta (a parte do abismo). Excelente idéia, Pipolina. Como eu queria ter pensado nisso antes!! :)
MAIS!!
""Deixa-me, fonte!" Dizia
A flor, tonta de terror.
E a fonte, sonora e fria,
Cantava, levando a flor.
"Deixa-me, deixa-me, fonte!
" Dizia a flor a chorar:
"Eu fui nascida no monte...
"Não me leves para o mar"."
...
alguma semelhança?
eu nunca sei comentar nas poesias... =/
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